Imagina entrar numa sala com várias bancadas onde as pessoas estão criando adereços e acessórios feitos de material reciclado como retalhos, latinhas, arame, sacolas plásticas, junto com vários componentes eletrônicos, desvendando uma  infinidade de possibilidades criativas.      

Essa é a oficina Adereços Eletrônicos, ela nasce de uma investigação da arte Drag, com a drag queen Mackaylla Maria, integrante do coletivo Sítio do Astronauta. É uma oficina que articula a arte e as tecnologias manuais, a eletrônica, e a sustentabilidade inspirada na cultura Drag, que ressignifica objetos e adereços nos processos de montação, a caracterização da personagem.

Entendemos que para falar da regeneração/sustentação do planeta, precisamos de uma abordagem que vá além da sustentabilidade ambiental. Ela precisa também ser econômica, social, cultural, como explicam os objetivos do desenvolvimento sustentável, da ONU.

Apesar da Drag ser um agente simbólico da causa LGBTQIAP+ em todo o mundo, aqui ela é um mote criativo numa oficina que é para todos os públicos.

São compartilhadas com a turma várias referências imagéticas de adereços e acessórios que podem ser feitos, como um estímulo criativo para as participantes. A forma de “ateliê”, onde são distribuídos vários materiais recicláveis, os componentes eletrônicos como linhas condutivas, led, baterias, fios, deixam a criatividade fluir para a criação dos adereços. A oficina valoriza a economia circular, que se contrapõe a economia linear, propondo a extensão da vida útil dos produtos, neste caso explorando novas possibilidades criativas de materiais que se tornariam resíduos.